quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Confissões de uma mesa de café #3

Café quentinho, café coado, café de vó, café na casa do vizinho... café para ser compartilhado e tomado sozinho. Uma mesa de café escuta muitas histórias, guarda muitos segredos e faz parte de diversos momentos importantes em nossas vidas.

Uma mesa dessas mesas de café (parecia mais uma mesa de bar) me disse que adora quando os amigos se encontram. Parece que a felicidade transborda mais do que numa xícara de latte. São os assuntos colocados em dia, a saudade que se torna diminuta e as confissões que se tornam rotina diante de uma bebida cafeinada. Os lamentos, arrependimentos, sonhos e planos são observados e testemunhados pelas mesas de bistrôs, restaurantes, bares e cafés. Imagina o tanto de história que essas mesinhas têm pra contar?

Na nossa vida corrida, a gente nem se dá conta que essas mesas fazem parte do nosso passado, presente e com certeza do nosso futuro. Um cafezinho que foi perfeito para encontrar com o crush. Apesar de não ter dado em namoro, a mesa de café deu um empurrãozinho. Aquele cappuccino para esperar a amiga que se atrasou no trânsito e só queria conversar com você. Ou um frappuccino que minimizou uma onda de calor que parece que veio do deserto do Sahara. São tantos os cafés, as situações e as memórias que essas mesinhas se tornam pilares essenciais da nossa história.

Que o café seja sempre o bom e velho, novo e interessante, simples ou gourmet café de sempre!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Confissões de uma mesa de café #2

Se essas xícaras de café pudessem falar...

Tantas histórias, infinitos babados, diversos acordos e estranhamentos elas guardam. Cada cliente é único, assim como cada momento que eles passam aqui. Um cafezinho pode estragar ou fazer o dia de alguém. Derramou o café na mesa? Eita ferro, lascou! Seu amigo pagou a conta? Uma fofura da parte dele, não é? Seu café tá frio? Uhm, pede para trazerem outro. Não dormiu nada? Pede um Hario V60 que você acorda rapidinho.

Um casal por volta dos 30 anos chega. Escolhem a mesa perto da janela. Podem ver as pessoas passeando, as crianças brincando e as árvores balançando com o vento. Porém, eles estão nem aí. Estão mais interessados um no outro. Namorados? Encontro do Tinder? Peguete? Booty call? Colegas de trabalho? Amigos de infância? Não consegui decifrar ao certo.

Os dois pedem a mesma coisa para beber - cappuccino com sorvete de ovomaltine. Bem diferente, né? Parece que eles têm muito assunto para colocar em dia. Ela é paulista, mas mora há 5 anos em Brasília. Ele, aparentemente, veio de outro lugar também, acho que é do Goiás. Recentemente separada, ela tem uma nova vida. Ela faz todo um panorama sobre como ela era apaixonada por esse cara, ficaram 7 anos juntos, ela era bem novinha, e ele destruiu com a sua alma. Humilhação faz a gente perder a confiança em qualquer pessoa, né? Mas o mais incrível é que ela transforma toda essa história em força e perseverança. Eu me arrepiava ao ouvir cada coisa mais louca que a outra. E com o tempo ela foi mostrando como o amor e a sua fé moldaram a pessoa que ela é hoje. Aprendeu bastante e viu coisas maravilhosas e fenomenais acontecendo em sua vida.

O cara fez várias perguntas e quase não se abriu. Às vezes, esse era o momento dela. O momento de ela ser ouvida e acariciada. Ele pagou o cappuccino dos dois e acho que esse é o início de uma fase surpreendente na vida dela. Espero ouvir outras histórias por acaso. 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Confissões de uma mesa de café #1


Cafés e bistrôs são ambientes que permitem que amigos se encontrem, entrevistas sejam feitas, estudantes façam suas leituras, tradutores trabalhem e publicitários sejam criativos. São lugares que as pessoas podem se soltar e conversar sem se preocupar muito com a forma que se portam.

Uma das coisas que me fascina é que os perfis e esteriótipos dos frequentadores de café nunca deixa de me surpreender. Quando a gente acha que já viu, e ouviu de tudo, é aí que a gente descobre que há um mundo de indivíduos singulares, esquisitos e sem noção.

Estou aqui fazendo minhas atividades, conversando com os amigos nas redes sociais, revisando e traduzindo...e não consigo me concentrar por causa de duas pessoas - uma interessante, a outra chata - que estão sentadas à minha esquerda.

A entrevista começou com a senhora fazendo perguntas ao rapaz. Ela perguntou-lhe que matérias ele estava cursando na UnB e que línguas ele já dominava. Esse rapaz de uns 20 anos parecia que queria impressioná-la, mas toda vez que ele tentava, ela retrucava. Sem êxito a entrevista com perguntas diretas perdurava.

A senhora loira, tipicamente dondoca e elitizada, não quis sentar na parte estofada assim que chegou. Disse que fazia ela se sentir mal. Pode até ser verdade, mas a maneira como ela falava parecia que não queria se sentar perto de mim. Bem, acredito que o banco é bem mais confortável do que a cadeira que ela escolheu. O rapaz que está com ela tem uns dreadlocks muito da hora, mas ele parece ser meio atrapalhado, talvez tenha puxado muito beck, não sei, talvez fosse o nervosismo da entrevista, primeiro emprego, será?

Com seu jeito autoritário e rude, ela manda e desmanda nesse rapaz, mal o deixa terminar suas frases e finge prestar atenção no que ele diz. Ele come sua tartelete de morango, e comenta sobre produção de geleias artesanais enquanto ela responde mensagens no whatsapp e olha seu facebook. Tudo que ele fala está errado, no ponto de vista dele. Como se não bastasse ser ignorante, ela trata o garçom, que é super solicito e simpático, como se tudo que desse errado nesse chá da tarde com o filho dela.

Sim, ele é filho dela. Não, não é entrevista para uma vaga de emprego na empresa da família. É um encontro para mostrar para a família que eles estão tentando se reconectar. Parece que ela o convenceu com a frase "seu pai vai ficar muito feliz" sobre a noite de Natal. Pediu a conta, passou o cartão e a máquina não funcionou. - Bem feito. - ele disse mentalmente. O garçom bonzinho traz outra máquina, e ao som de alguma música do Maroon 5, ele pergunta se ela quer a via dela. E assim vão embora, ela mandando e desmandando nesse marmanjo mais perdido do que cachorro em dia de mudança. E a vida segue. Vou pedir mais um cafézinho.

sábado, 27 de julho de 2013

Pois é, meu russo

Tô lendo mais sobre a vida de Tolstoy. Que ser humano incrível.

Após a sua conversão ao cristianismo, Liev Tolstoy repartiu suas terras com seus servos e camponeses locais (reforma agrária) e virou vegetariano.

"This movement [vegetarianim] should cause special joy to those whose life lies in the effort to bring about the kingdom of God on earth, not because vegetarianism is in itself an important step towards that kingdom (all true steps are both important and unimportant), but because it is a sign that the aspiration of mankind towards moral perfection is serious and sincere, for it has taken the one unalterable order of succession natural to it, beginning with the first step." Liev Tolstoy - The First Step

Pois é, quero conhecer mais a fundo quem esse cara foi e as ideias que ele teve, assim como seus princípios e forma de vida. 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Pois é, meu Penúltimo Semestre...



A graduação está chegando ao final e eu mal posso acreditar. Daqui há um ano estarei com meu diploma em mão. Não serei mais uma aluna de tradução e sim uma tradutora formada. É meio esquisito pensar que não estarei na universidade. Até porque nesses 5 anos ela foi minha casa. Ainda não sei se sentirei falta, se chorarei horrores e abandonarei a vida acadêmica... há muito o que se pensar ainda. Aliás, eu não deveria estar pensando nisso agora. Depois de terminar este semestre só terei mais um. Porém, não sei se a correria da graduação e projeto final me deixarão pensar nisso. É só esperar...

Esse semestre está sendo um tanto quanto estranho. Cheio de fantasmas para me assombrar. Nem tanto, é exagero meu mesmo. Só preciso me organizar melhor e colocar o estudo em dia. Organização. Esta é uma palavra que só conheço à força. Uma palavra que não é muito amiga minha e que olho com desconfiança. Mas parece-me ser necessário deixá-la entrar em minha vida. Talvez nem tanto em minha vida... só nos meus estudos. O volume de coisas que tenho para ler aumentou muito. Tipo, MUITO. Não tenho feito muitas traduções, só no estágio mesmo, mas para a uni? Quase nada. Voltei a estudar chinês. Sim, eu estudo chinês. E pode ser difícil se você não tiver uma rotina de estudos, é preciso treinar os ideogramas, senão a gente acaba esquecendo.

Pois é, meu Penúltimo Semestre... você chegou com tudo. Me tirou da zona de conforto e mexeu com a minha agenda. Quase não tenho tempo pra nada. Mentira. Ainda tenho os sábados livres. E isso me faz muito mais feliz. Depois de 4 anos trabalhando aos sábados ter esse dia lindo de descanso é um presente de Deus. Eu só te peço que não me arrase tanto. Preciso dormir, descansar e me divertir um pouco... preciso recarregar as energias. Ok? Daí o Último Semestre não vai ficar impossível, nem com ciúmes. ;) 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011




Ser professor nao eh uma tarefa fácil hj em dia. Muitos alunos desafiam os professores, nao fazem as tarefas, faltam mtas aulas... E mts pais nao são tão presentes como deveriam ser na vida de seus filhos.

Mas eu tenho aprendido muito sendo professora. Paciência, tranqüilidade, amor, controle, bondade são algumas virtudes e sentimentos que desabrocham em meio a correria que eh a vida de professora de inglês.

Tenho uma turma muito fofa de pre-adolescentes. Participam das atividades, fazem os deveres de casa e mt sao educados. Ah, tb tem mt energia! Energia e entusiasmo pra dar e vender! :) fizemos mtas atividades hands-on hoje e foi muito divertido. Agora soh os chamo pelos nomes equivalentes em inglês (= João, John).

Para praticar os números fizemos um hot potato. Coloquei musicas que estavam quase que perdidas na minha lista de músicas. Bandas como Belle e Sebastian, Razorlight, Black Kids, Blur, ABBA e outras estavam numa pasta quase que abandonada. Quando o jogo começou e eu consegui conectar o áudio direitinho, eles alucinaram. Dançavam, tentavam cantar e passavam a hot potato pro próximo colega. Fiquei mt feliz em ver que eles tb tem o mesmo gosto musical que eu. Acho que Maroon 5 e Relient K vão ficar um pouco de lado por enquanto.

Pois eh, minha lista de música, vc me trouxe mtas boas lembranças e experiências com os meus pimpolhos. Espero continuar a aprender mais e mais com eles. A ter energia pra aprender uma lingua, conhecer novas pessoas e dancar de acordo com a musica que estiver tocando. A ser crianca quando td em volta me diz que tenho que ser adulta. E viver a vida com bom humor e disposicao para o que der e vier. Pq a vida eh assim mesmo, neh? Um verdadeiro aprendizado. :)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Assumindo responsabilidades


Pois é, estou virando gente grande. Assim, mais ou menos. Acho que nunca vou ser uma adulta por completo. Sempre vou ter meu lado criança e imaturo, mas pretendo saber equilibrar a vida de grown-up com a de teen. Gosto da independência que venho conquistando, e ao mesmo tempo, ainda sou muito dependente. Mas acho que todo mundo é mais ou menos assim, né? :)

Assumi mais uma responsabilidade. Não, não casei. E não, não comprei um apê ou um carro e muuuuuuuito menos arranjei um baby. =P Agora faço parte da diretoria da mocidade da IPN. E, nossa, agora mais do que nunca senti que tenho que ser um exemplo. A velha Gabi não pode afetar a nova Gabi. Santidade não é só um quesito perante Deus, meus familiares e irmãos, mas sim para todos. Tipo, T-O-D-O-S. A cobrança aumentou, mais a graça e o amor que tenho pela Obra de Deus parecem não ter fim. Chega de pensar em qualquer coisa que seja contrária a vontade de Deus. Orgulho e ansiedade são trabalhados todos os dias. Minha devocional não somente vai me afetar, mas sim aos que estão ao meu redor. Ser uma pessoa melhor não é só um objetivo, e sim um estilo de vida. Praticar a paciência, arrepender-me constantemente dos meus pecados (conscientes ou inconscientes). Ser uma cristã melhor, uma amiga melhor, uma filha melhor é só o começo dessa nova etapa de responsabilidades. Vai chegar o dia que essas responsabilidades vão aumentar ainda mais. Vou ter que chegar a Deus e dizer com mais frequência: "Pai, me dá uma mãozinha?"