Dizem que os prazeres da vida estão num bom vinho, na sedução, em comer chocolate no meio da tarde, gastar dinheiro sem preocupação, escutar uma boa música e ler aquele livro. Hum. Interessante. Só que para mim os prazeres da vida vão muito mais além.
Os detalhes, aqueles momentos singelos, simples da nossa vida muitas vezes passam despercebidos e sem valor. Tenho encontrado prazer em comer nutella, passear sem gastar dinheiro, ouvir bandas que nunca ouvi, tocar uma música nova no piano, aprender palavras novas, conhecer pessoas, saber falar outras línguas, conhecer a Deus e assim vai. E a melhor parte de tudo isso é: escrever.
Relatar o que eu sinto, o que eu quero, o que eu penso-em-não-pensar me faz sentir bem. É um prazer momentâneo e addictive. Somente redigir, conversar sobre essas coisas parece não ser o suficiente. Fico dormindo acordada pensando em como escrever e em como seria o processo de escrever cada um dos textos. Que músicas eu escutaria, que livros eu leria, com quem eu conversaria até que um simples texto estivesse pronto. Inúmeras hipóteses surgem na minha cabeça. Situações, diálogos e estórias que só poderiam sair de um lugar - de mim mesma.
Pois é, meus textos... tem hora que parece que vocês só vivem aqui dentro. É como se vocês estivessem sendo gerados dentro de mim. Meus lindos e pequenos babies. Gosto de pensar nos nomes que eu daria a cada um e fico imaginando quando que vocês estarão prontos para ir para o mundo. Bem, espero que alguns de vocês já estejam prontos daqui a nove meses. Em outros momentos parecem que vocês já estão adultos e tem vida própria. Espero que vocês nunca me deixem. Vocês fazem parte de quem eu sou, do que eu passei... da minha essência. Reaprender a escrever tem sido uma experiência única. Um encontro comigo mesma. Um aprendizado contínuo e sem fim. Vale a pena. Muito a pena. ;)
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